A sessão extraordinária desta quarta-feira (11) na Casa Plínio Amorim não serviria apenas para os vereadores analisarem o veto do prefeito Júlio Lóssio (PMDB) ao projeto que fixa receitas e despesas para o Orçamento de Petrolina no exercício 2012.
Até pode ser que esta seja a pauta principal. Mas o pano de fundo dessa sessão estarreceria até os incrédulos.
Uma fonte confidenciou ao Blog que havia um projeto do Executivo prevendo a venda do Estádio Municipal Paulo de Souza Coelho. Isso mesmo. Um absurdo sem precedentes na história administrativa da cidade. E por um valor irrisório para uma cidade em franca expansão imobiliária.
Antes de passar às mãos do município, há cerca de seis anos (na terceira gestão de Fernando Bezerra Coelho), o estádio se chamava “Associação Rural” e pertencia ao Sindicato Patronal, quando foi comprado pela Prefeitura para que pertencesse ao povo de nossa cidade.
No “palco verde” da Associação os petrolinenses viram jogos antológicos de futebol, que revelaram grandes craques locais.
Uma fonte rica da história desportiva da nossa cidade passaria à iniciativa privada, onde o martelo seria batido no limiar do ano, numa sessão extraordinária, quando as atenções da sociedade não estão voltadas ao Legislativo porque a Casa Plínio Amorim está de recesso.
Felizmente (seja qual tenha sido o motivo) o projeto nem entrou na pauta. E nem pode entrar. Os atuais vereadores não podem consentir tamanho disparate. Mais um, diga-se de passagem, e talvez o maior deles.
O Executivo já se livrou do HDM e do HUT, já vendeu praticamente todos os terrenos pertencentes ao município, e agora quer passar adiante um equipamento público dos mais importantes não apenas para Petrolina, mas para toda uma região. Só falta quererem vender o prédio da prefeitura, da câmara, e se o bispo não se cuidar, vendem o Palácio Episcopal e até a Catedral de Petrolina.
Tentar incluir um projeto por achar que vai passar desapercebido, pelo fato de muitos vereadores nem estarem aqui, é zombar da inteligência do povo. Os petrolinenses não podem aceitar mais essa. E precisam soltar seu grito.
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