segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Queixas relacionadas a crimes virtuais crescem em Pernambuco


No Procon de Pernambuco, o número de queixas de consumidores que tiveram algum tipo de problema ao comprar pela internet só cresce, como mostra reportagem do NETV 1ª Edição desta segunda-feira (06). Em 2010, foram 300 reclamações e, no ano passado, 570, vindas de todas as regiões do estado. A comodidade de comprar os produtos dentro de casa às vezes esconde os perigos pelos quais o consumidor passa. Muitos sites são falsos, principalmente os de empresas desconhecidas, que, na verdade, podem nem existir.

O delegado Roberto Wanderley comentou que, na Delegacia do Consumidor, há vários casos de crimes virtuais cometidos por sites que não são verdadeiros. “O ambiente virtual é muito fértil para esse tipo de crime. É um ambiente que não tem uma legislação muito clara, o que dificulta muito a ação de órgãos fiscalizadores. Muita gente se aproveita para entrar nesse mercado não para vender e oferecer produtos, mas para praticar delitos. Se o cuidado deve existir no comércio normal, no comércio virtual deve ser redobrado”, alertou.

Através do número de telefone do Procon Pernambuco (0800.28.21.512), o consumidor pode pedir informações sobre o número de reclamações recebidas pelos sites de comércio virtual. O coordenador do Procon, José Rangel, pede cautela aos consumidores do estado. “Você precisa saber de quem está comprando, se é um site confiável ou não. Se já comprou, tem que procurar o Procon para formular uma queixa, uma reclamação, e a partir daí, vamos tentar fazer uma conciliação”, disse.

O consumidor que quiser fazer alguma reclamação deve levar documentos como RG e CPF. Quando a queixa envolver assuntos financeiros, é preciso levar ainda cópias de comprovantes de pagamento, orçamento, proposta de adesão, apólice, contratos, anúncios publicitários, extratos bancários e cartas de cobrança. Se o assunto tiver relação com falha em transações eletrônicas ou clonagem de cartão de crédito, é preciso levar o boletim de ocorrência. Quando a reclamação é sobre produto, é aconselhável levar a cópia da nota fiscal, manuais, comprovantes, certificado de garantia e até a embalagem.

A coordenação do Procon lembra que reclamações contra empresas públicas também podem ser feitas no órgão. Já os casos que seguem para a Delegacia do Consumidor são aqueles considerados mais graves, de interesse público. “Na realidade, a delegacia tem competência de trabalho relativo aos casos mais graves, em que não só consumidor é lesado, mas toda a sociedade. A delegacia não trabalha com um consumidor, mas com um crime que atinge outros. Os principais crimes são estelionato, fraudes, produtos impróprios para o consumo, com qualidade vencida”, falou Wanderley.

O Procon também oferece palestras sobre o tema para os interessados. No ano passado, foram realizadas quase 170. A sede do Procon Pernambuco fica na Rua Floriano Peixoto, bairro de São José, centro do Recife, e há mais quarenta unidades do órgão espalhadas pelo estado. Para saber qual é a unidade mais perto de sua casa, o consumidor pode ligar poara o Procon, que atende por telefone das 8h às 12h.



Do G1 Pernambuco

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