A água da barragem que fica perto do Sítio Mundunguim, na zona rural de Sertânia, no Sertão do estado, já não é mais transparente. A cor barrenta do líquido denuncia que a reserva está perto do fim. Valioso, ele ainda é usado pela agricultora aposentada Antônia Matos, 87 anos, para cozinhar os alimentos e tomar banho.
Para beber, o jeito é comprar cada 200 litros de água por R$ 10. “Nesse período, teria plantado coentro, mas nem isso deu. Está muito quente aqui. A gente só vive porque Deus quer”, desabafou. A realidade de Antônia é a mesma de milhares de pernambucanos que sofrem com a estiagem.
Por causa da falta de chuvas, um pouco mais de 90% das cerca de 80 barragens monitoradas pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) no estado estão operando abaixo do nível considerado normal para esta época do ano. A situação é ainda pior no Sertão, onde mais de 80% das barragens entraram em colapso parcial ou total, como as de Nilo Coelho, em Terra Nova, e São José, em Belém de São Francisco, que estão completamente secas.
A situação das barragens no estado é bem diferente da que foi vista no mesmo período do ano passado, quando a chuva forte ocorrida entre abril e maio foi suficiente para encher a maioria delas, sendo que algumas chegaram a sangrar no Agreste e na Zona da Mata. De acordo com o gerente de monitoramento e fiscalização da Apac, Clênio Torres, o problema é que as chuvas esperadas para o Sertão, que deveriam ocorrer entre novembro e março, não vieram, assim como as esperadas para as demais regiões, que já deveriam ter começado.
A seca no Sertão deverá ficar ainda mais grave uma vez que, segundo a Apac, o período chuvoso na região já acabou e só será retomado no fim do ano. “A situação no Sertão é dramática. Como não choveu, existem barragens que estão há cinco meses sem receber uma gota de água. As que ainda têm algum volume acumulado estão mal distribuídas no espaço. Algumas são para abastecimento humano e a maioria para irrigação”, comentou Torres.
Para beber, o jeito é comprar cada 200 litros de água por R$ 10. “Nesse período, teria plantado coentro, mas nem isso deu. Está muito quente aqui. A gente só vive porque Deus quer”, desabafou. A realidade de Antônia é a mesma de milhares de pernambucanos que sofrem com a estiagem.
Por causa da falta de chuvas, um pouco mais de 90% das cerca de 80 barragens monitoradas pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) no estado estão operando abaixo do nível considerado normal para esta época do ano. A situação é ainda pior no Sertão, onde mais de 80% das barragens entraram em colapso parcial ou total, como as de Nilo Coelho, em Terra Nova, e São José, em Belém de São Francisco, que estão completamente secas.
A situação das barragens no estado é bem diferente da que foi vista no mesmo período do ano passado, quando a chuva forte ocorrida entre abril e maio foi suficiente para encher a maioria delas, sendo que algumas chegaram a sangrar no Agreste e na Zona da Mata. De acordo com o gerente de monitoramento e fiscalização da Apac, Clênio Torres, o problema é que as chuvas esperadas para o Sertão, que deveriam ocorrer entre novembro e março, não vieram, assim como as esperadas para as demais regiões, que já deveriam ter começado.
A seca no Sertão deverá ficar ainda mais grave uma vez que, segundo a Apac, o período chuvoso na região já acabou e só será retomado no fim do ano. “A situação no Sertão é dramática. Como não choveu, existem barragens que estão há cinco meses sem receber uma gota de água. As que ainda têm algum volume acumulado estão mal distribuídas no espaço. Algumas são para abastecimento humano e a maioria para irrigação”, comentou Torres.
Das quase 80 barragens monitoradas pela Apac, 37 estão no Sertão e todas estão secas ou perto de secar em até 30 dias. “O ideal seria que elas estivessem com pelo menos 70% da capacidade para garantir um ano tranquilo. Mas isso não existe e a tendência é piorar porque não teremos mais chuvas”, afirmou.
A previsão de estiagem para o Sertão pode se repetir para o Agreste, Zona da Mata e Litoral. No Diário Oficial da União de ontem, foi publicada uma lista com 75 municípios pernambucanos em estado de emergência por conta da seca, o que aumenta para 79 o número de cidades que podem ter acesso a recursos e ações federais emergenciais de combate à estiagem.
No estado, 86 cidades decretaram estado de emergência. Pernambuco possui cerca de R$ 514 milhões, entre recursos próprios e da União, disponíveis para a Operação Seca. Além de prover o abastecimento da população com carros-pipa, o governo federal vai pagar uma bolsa estiagem de R$ 400 para os agricultores que não estão cadastrados no programa estadual Garantia Safra, que dá R$ 680 aos pequenos produtores que tiverem mais da metade da safra perdida.
A previsão de estiagem para o Sertão pode se repetir para o Agreste, Zona da Mata e Litoral. No Diário Oficial da União de ontem, foi publicada uma lista com 75 municípios pernambucanos em estado de emergência por conta da seca, o que aumenta para 79 o número de cidades que podem ter acesso a recursos e ações federais emergenciais de combate à estiagem.
No estado, 86 cidades decretaram estado de emergência. Pernambuco possui cerca de R$ 514 milhões, entre recursos próprios e da União, disponíveis para a Operação Seca. Além de prover o abastecimento da população com carros-pipa, o governo federal vai pagar uma bolsa estiagem de R$ 400 para os agricultores que não estão cadastrados no programa estadual Garantia Safra, que dá R$ 680 aos pequenos produtores que tiverem mais da metade da safra perdida.
Diário de Pernambuco
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