quarta-feira, 7 de março de 2012

Policial assassinado no Recife tinha vontade de deixar polícia, diz parente



Comissário da Polícia Civil tentou evitar assalto e foi morto por bandidos.
Cunhado da vítima disse que policial queria seguir vida religiosa.


Postado em 07/03/2012 às 10:53

O corpo do policial civil de 48 anos morto na noite de terça-feira (6), no bairro de Afogados, no Recife, ao tentar evitar um assalto, foi liberado pelo Instituto de Medicina Legal (IML) da capital pernambucana na manhã desta quarta-feira (7). Segundo informações de parentes da vítima, ele tinha vontade de deixar a corporação. Dois de três suspeitos de terem cometido o crime estão detidos. A polícia já tem informações sobre um terceiro envolvido.

O cunhado da vítima, Uziel Bezerra, contou sobre a vontade do policial, que trabalhava em Santa Maria da Boa Vista, no Sertão, e estava no Recife para resolver problemas administrativos, em seguir a vida religiosa. “Ele estava sonhando em se livrar da polícia e trabalhar no ministério. É uma tragédia”, contou.

O policial foi morto após tentar evitar um assalto, na Ponte Motocolombó. Os assaltantes abordaram um casal que estava preso no trânsito. “Os bandidos notaram que estava engarrafado e botaram a arma na cabeça dela. Eles pediram nossos pertences e eu não esbocei nenhuma reação, entreguei carteira, celular, bolsa. Quando ele deu as costas para ir embora, o policial civil notou a presença e efetuou o disparo. Mas o policial não sabia que tinha outro ladrão do outro lado da ponte”, contou Jorge Rodrigo da Silva, que estava no carro abordado pelos assaltantes.

Na ação, um adolescente de 15 anos, que teria confessado a autoria dos disparos contra a vítima, foi atingido por um tiro na perna. Depois de ser atendido no Hospital da Restauração, ele seguiu para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Depois do crime, um helicóptero da Secretaria de Defesa Social foi usado para tentar achar os outros suspeitos. Um jovem de 18 anos foi encontrado na comunidade Ilha de Deus, no bairro da Imbiribeira e também foi detido.

O delegado Joselito Kehrle, do DHPP, já possui informações sobre um terceiro suspeito . “Um ainda esta foragido. A gente já tem a identificação, mas ainda é muito prematuro divulgar. É preciso que as vítimas reconheçam, e aí sim divulgaremos”, disse. O crime será investigado pela 3ª Delegacia do DHPP, pelo delegado Wagner Domingues.

G1 PE

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