quarta-feira, 7 de março de 2012

Filha fala sobre morte do policial civil que evitou assalto


Postado em 07/03/2012 às 12:32


Edvanice Alice Gonçalves, de 17 anos, uma das filhas do policial civil Edinaldo Gonçalves da Silva falou esta manhã sobre o pai. O comissário Edinaldo Gonçalves da Silva, 48 anos, morreu no fim da tarde de ontem, na Ponte do Motocolombó, bairro de Afogados, ao tentar impedir a ação de três assaltantes. “Ele era uma pessoa espetacular. Na segunda-feira tivemos um dia especial. Ele estava diferente. Encarei este dia como uma despedida. Ele estava ainda mais amoroso e muito feliz porque u havia passado no vestibular de Odontologia. Vou terminar curso para honrar o nome dele. No interior sempre se diz da violência no Recife mas eu não sentia isso. Agora vi a realidade do que era aqui. Estou indignada. A justiça do homem é falha mas a Deus não vai falhar”
Além de Edvanice, Edinaldo deixa a esposa, Marivânia Pereira Benjamim, de 42 anos, e mais três filhos: Jéssica Maia, 23, que mora em Juazeiro, na Bahia, Edvânia Maria, 16, que reside em Salgueiro e Rubem Benjamim, 15, um ano a mais do que o adolescente que tirou a vida de seu pai.

O adolescente de 14 anos que integrava o trio que abordou um casal foi baleado e apreendido. O comparsa dele, Jeferson Deivid da Cunha Pinheiro, de 18 anos, também foi detido.
O comissário e um colega, identificado como Leonardo, teriam dado voz de prisão aos assaltantes quando eles abordavam o motorista Jorge Rodrigo da Silva, 28 anos, e a esposa dele, de identidade não revelada, que teve uma arma apontada para a cabeça. Houve um tiroteio e o comissário morreu na hora.
O policial morto nasceu em Serra Talhada, a 425 quilômetros do Recife, no Sertão do Pajeú. Trabalhou desde criança na agricultura, ingressando na Polícia Militar de Pernambuco aos 18 anos. Depois, fez concurso para ingressar na Polícia Civil, onde completou o tempo de serviço e buscava sua aposentadoria desde o ano passado, sem sucesso. Os pedidos foram negados. Edinaldo também era presbítero da Assembleia de Deus e atuava como pastor em Cachoeirinha.

A família tem residência em Cachoeirinha, um distrito de Mirandiba, a 486 quilômetros do Recife, no Sertão. Segundo Rubem, o pai viajou ao Recife para consertar a viatura, que por conta do contrato de aluguel firmado pela SDS só podia ser feito na capital. Fez mais que isso. Tentou impedir um assalto e acabou morto.
Diário de Pernambuco

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