Plantio. Técnicas como tratamento de sementes e reguladores de crescimento tem ajudado os produtores a alcançar bons resultados.
Para alcançar
uma boa produtividade na cultura do feijão, o produtor rural deve pensar em um
conjunto de medidas que, aliadas uma à outra, promovem o crescimento ideal da
planta e características desejáveis para se alcançar bons resultados. O manejo
ambiental e fisiológico para alcançar uma produtividade média de 80 sacas de
feijão é um dos temas abordados no 2º GVS Irriga, no dia 6 de agosto, no GVS
Centro de Pesquisa e Tecnologia Agrícola.
Segundo Diogo
Luís da Roza, engenheiro agrônomo e pesquisador o GVS Centro de Pesquisa e
Tecnologia Agrícola, o feijão é uma planta que possui duas fases muitos
distintas. Uma delas é a fase vegetativa, que vai desde a emergência até os
botões florais. Posteriormente, vem a fase reprodutiva, desde o surgimento dos
botões florais até o momento da colheita.
A temperatura
ideal para a cultura do feijão é de 21°C a 29°C. Além disso, a cultura não
tolera estresses hídricos. A partir da fase de emergência do feijão,
temperaturas abaixo de 15ºC e uma umidade adequada, por exemplo, podem
favorecer o aumento da taxa de fungos no solo, sobretudo dos gêneros fusarium e
rhizoctonia. Caso a condição seja favorável, deve-se tomar medidas que promovam
o rápido estabelecimento da cultura, como um plantio mais uniforme, a
preferência por sementes livres de patógenos com uniformidade de tamanho e uma
profundidade ideal — afirma o engenheiro.
Ele explica que
o tratamento de sementes, por exemplo, deve ser escolhido de acordo com o
histórico de doenças e pragas que podem haver no solo. No entanto, proporcionar
um bom estande é apenas uma etapa do processo.
A produtividade
é fruto de vários cuidados. Outro aspecto interessante a ser observado é
inerente ao crescimento vegetativo excessivo que pode ocorrer no feijão,
sobretudo em solos com elevada matéria orgânica e grande disponibilidade de
nitrogênio. Isso faz com que o feijão alongue seu ciclo vegetativo, aumentando
a taxa de retenção foliar e acarretando perdas na produtividade — explica.
Para isso, Roza
diz que o produtor pode-se lançar mão de alguns produtos, como reguladores de
crescimento e alguns fungicidas que proporcionam uma redução nesse crescimento
vegetativo e o equilíbrio entre o crescimento da parte aérea e o sistema
radicular.
Também nessa
fase inicial, é interessante a utilização de produtos que possam induzir de
alguma forma a resistência natural das plantas, como os fosfitos e algumas
estrobilurinas. Nessa etapa, também é recomendada a utilização de alguns
produtos a base de fósforo, como o map purificado — orienta ele.
O engenheiro
agrônomo conta que a planta do feijão produz uma quantidade muito maior de
flores do que consegue suportar. Portanto, a queda de flores pode variar de 40%
a 75%, de acordo com as condições climáticas. Nesse caso, o produtor deve
proporcionar condições para o feijão reter a maior quantidade de flores
possível, além de cuidados com pragas que causam ataques direto nas flores,
como as vaquinhas.
Portanto, quando se fala em
produtividade do feijão, não podemos pensar em medidas isoladas, mas sim em
todo um processo que vai desde a cultura anterior até todos os processos
mencionados — afirma ele.Do Portal do Agronegócio
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